Gênesis 4 Explicação – Quem foi Caim e Abel?

Gênesis 4 Explicação – Quem foi Caim e Abel?: Neste artigo, abordaremos o estudo bíblico sobre Gênesis 4 Explicação.

Introdução – Gênesis 4 Explicação

Meditação de Abertura – Gênesis Cap. 4.1-16

Verificamos no estudo do capítulo anterior, que após Adão receber a profecia dada por Deus Gênesis 3.15, ele creu em Deus. Porque nomeou a sua mulher com o nome de Eva, que significa “a que vive”, “a vivente”, “a que tem vida” ou “cheia de vida”.

No capítulo 4 de Gênesis vemos que Eva também creu na profecia de Gênesis 3.15, pois colocou o nome do seu primeiro filho de Caim, que significa “adquirido do Senhor”. É possível que ela pensasse que este descendente era o que esmagaria a cabeça da serpente.

Algo que ela não imaginava, porém, que isto só aconteceria alguns milênios depois, ou seja, através de Jesus Cristo. 

No versículo primeiro de Gênesis 4 Explicação, diz o seguinte: “E conheceu Adão a Eva”. A palavra “conhecer”, também, é utilizada em outras partes das Escrituras Sagradas, para designar uma relação íntima conjugal.

Diante deste contexto, hoje vamos falar de dois novos personagens bíblicos: “Caim” e “Abel”. Quem foram? O que eles representam em nossos dias atuais?

1) Quem foi Caim?

Caim era lavrador da terra, ou seja, trabalhava na lavoura, o trabalho aqui simboliza o esforço humano. Porque sabemos que a lavoura não surge sozinha, pois é necessário que o homem trabalhe na lavoura para que ela seja formada. (Gênesis 4.2)

2) Quem foi Abel?

De acordo com as Escrituras, Abel era um Pastor de Ovelhas, assim deduzimos que Abel passava grande parte do seu tempo pastoreando e observando as ovelhas. Sabemos que a função de um Pastor é guiar, alimentar de zelar pela segurança de suas ovelhas. (Gênesis 4.2) 

3) As primeiras Ofertas

Em Gênesis 4.3-5., não diz claramente porque Deus não aceitou o sacrifício de Caim, mas aceitou o de Abel. Porém, quando lemos em outras partes da bíblia, que trazem luz para este texto, observamos que Deus não aceita qualquer sacrifício. (Hebreus 11.4)

Assim, ao oferecer o melhor do fruto da terra a Deus. Caim estava oferecendo algo, que não era a vontade de Deus, suas obras e o seu esforço próprio. Pois, uma oferta nestas condições era inaceitável diante de Deus, ou seja, obras humanas para tentar a agradar a Deus. As obras de Caim eram más. (1 João 3.12)

Todavia, também sabemos que Deus sonda a intenção do coração do homem ao se apresentar diante Dele. (Jeremias 17.10, Provérbios 21.27)

a) Parece contraditório, pois se o fruto da terra era o melhor, porque não agradou a Deus? 

Talvez, uma resposta simples para pergunta seria: Não podemos nos aproximar de Deus com a nossa justiça própria ou mérito próprio. Somente pela sua graça. (Efésios 2.8-9)

Também, podemos dizer que Deus não aceita qualquer oferta, a não ser, aquela proveniente da fé. (Hb 11.4)

b) Qual era exemplo de sacrifício agradável naquele momento?

Podemos ver que, após Adão e Eva cometerem o pecado ao desobedecerem a Deus. Havia uma sentença de morte proferida por Deus, caso eles comecem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao desobedecerem a Deus surge o pecado, ou seja, o pecado é o resultado da desobediência.

Observamos que, o próprio Deus matou um animal, depois fez túnicas com a pele do animal para cobri-los do pecado, para lhes ensinar o princípio da substituição e da inclusão. Como vimos na aula anterior.

c) A maldição da serpente (v. 14)

A primeira maldição foi lançado sobre diabo e não sobre o animal, pois Deus disse que ele rastejaria sobre a terra. Significa dizer que a atuação de satanás é limitada e terrena, ou seja, satanás foi limitado a agir na terra.

Deus disse que a serpente comeria do pó da terra. Pó aqui pode simbolizar, entre tantas coisas, as obras da carne. Em outras palavras ele se alimenta da lascívia, da luxúria e de todo desejo pecaminoso do homem.

Pois, ao aprenderem que eram pecadores e que deveriam morrer, porém, isto só não lhe aconteceriam se outro morresse em seu lugar. O exemplo da redenção era através do sangue e não das obras. (Hb 9.22)

Outro ponto importante é que a justificação é por meio da fé e não das obras. Pois, a nossa justiça própria e o nosso mérito próprio são inaceitáveis diante de Deus. Falaremos mais sobre este tópico em outra aula. (Fp 3.9; 1 Co 1.30, Hb 11)

4) Os dois Caminhos: Caim e Abel

As atitudes de Caim foram ruins diante de Deus. Essas atitudes negativas repercutiram ao longo das escrituras como uma espécie de advertência para toda humanidade, podemos notar isto em algumas partes das escrituras. (Jd. 1.11, 1 Jo 3.11-12)

Obviamente, é possível que Adão e Eva tiveram outros filhos, porém o texto Bíblico faz questão de mencionar estes dois irmãos Caim e Abel. Pois, eles representam aqueles que andam no caminho de Caim e os que andam no caminho de Abel.

Esta dualidade é muito usada nas escrituras sagradas, pois prefiguram muitas situações de escolhas no decorrer das escrituras. Por exemplo: 

A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal; O bem e o Mal. No novo testamento, podemos observar o Andar no Espírito e o Andar na Carne. Os que procuram fazer a vontade de Deus e os que não se importam com ela e etc.

5) Abel foi uma figura de Cristo

6) O primeiro homicídio

Quando Caim e Abel foram apresentar os seus sacrifícios a Deus, Abel foi aceito e Caim não! Este acontecimento gerou inveja no coração de Caim, ao ponto de matar o próprio irmão Abel. (Gn 4.8)

Obs. O Pior sinal da inveja é quando há irritação diante da vitória dos outros.

7) Consequências e Resultados da Segunda Queda

A primeira queda do homem veio com a desobediência a segunda veio com a mentira e o homicídio.

Vamos listar algumas consequências e resultados da segunda queda do homem:

A) A mentira revela que a natureza do maligno está agindo dentro do homem. (Gn 4.9)

b) A inveja faz parte da origem do pecado, algo que lúcifer certamente teve ao querer ser igual a Deus. (Is 14.14) (Ver estudo sobre a origem do mal)
 
c) Na primeira queda Adão não foi amaldiçoado por Deus, mas por decorrência do pecado. Já na segunda queda, Deus amaldiçoa Caim. (Gn 4.11)

d) Na segunda queda a maldição sobre a terra é ampliada, pois agora, além de produzir cardos e abrolhos, também passará a não gerar mais vida, ao semear. (Gn 4.12)

e) Na primeira queda, Adão e Eva foram expulsos do Éden. Caim, por sua vez, tornou-se errante sobre a terra, ou seja, passou a vaguear sem destino, sem satisfação e sem objetivo. (Gn 4.14)

f) Deus coloca um sinal (marca) em Caim para não ser morto por quem encontra-se. Pois, aqui vemos que prevaleceu a Palavra de Deus e não a de Caim. O que não aconteceu, pois o mesmo vagueou na terra até o dilúvio. (Gn 4.14, Gn 4.15)

8) Surgimento de uma Cultura sem Deus

Em Gênesis 4.17-24, vemos que Caim construiu uma cidade, ou seja, constituiu uma civilização para si, ou seja, sua linhagem teve início. Aqui temos o principio dos primeiros acontecimentos pós queda e produções humanas.

No final do capítulo vemos surgimento de uma nova linhagem que era fiel a Deus, os descendentes de Sete. No texto, observamos que Sete ocupa o lugar de Abel se tornando o pai de uma nova linhagem que seria fiel a Deus. (Gênesis 25-26)

Conclusão – Gênesis 4 Explicação

As consequências e os resultados da decadência humana, devido ao pecado. São notados mais explicitamente no capítulo 4. Também, observamos que o esforço próprio, o mérito próprio e a justiça própria não são aceitos diante de Deus. Pois sabemos, que tudo o que recebemos do Pai é mediante a sua graça, amor e misericórdia. Em outras palavras, somos justificados por meio da fé em Cristo. 

Percebe-se uma situação interessante, que existe dois caminhos. Àqueles que andam pelo caminho de Caim e aqueles que andam pelo caminho de Abel. Vimos também, que Abel era uma figura de Cristo na velha aliança. Caim simboliza os que andam na carne e não querem agradar a Deus. Abel simboliza os que andam no Espírito e procuram agradar a Deus, nas suas atitudes e ações.